segunda-feira, 31 de março de 2008

Infinito


"Mas o instante passou.
A carne nova
Sente a primeira fibra enrijecer
E o seu sonho infinito de morrer
Passa a caber no berço de uma cova.
Outra carne vírá.
A primavera
É carne, o amor é seiva eterna e forte
Quando o ser que viver unir-se à morte
No mundo uma criança nascerá.
Importará jamais por quê?
Adiante
O poema é translúcido, e distante
A palavra que vem do pensamento
Sem saudade.
Não ter contentamento.
Ser simples como o grão de poesia.
E íntimo como a melancolia."

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